Senilidade e Senescência… Palavras! O que seriam se não fossem suas intenções? Mas o que são, quando nos fornecem uma primeira impressão equivocada? Dizem que Deus não fala língua nenhuma, muito menos português. Se Deus explicasse claramente o que é envelhecer, duvido que seria de forma negativa. Mas como a palavra envelhecer, enraizada em nosso subconsciente, nos leva imediatamente para a tristeza… creio que pra Deus não existe esse conceito. Logo, conceituar envelhecer é “cosa nostra”. Aliás esta expressão se refere à máfia. Mas o que não é (senão uma máfia) abordar o assunto envelhecimento? Às vezes uma organização criminosa contra a própria vida. Discutir o envelhecer é algo tão difícil quanto segurar o vento. Toca nos sentimentos, na vaidade humana, no brio do poder… Mas fato é que jamais iremos nos superar senão dialogarmos sobre. E de forma madura! Como gente grande. Sem tiranias dos mais novos sobre os mais velhos e… vice versa! Logo, compreendamos que senilidade é o envelhecer patológico e senescência é o envelhecer natural. Quase óbvio: o natural é saudável! Assim como senescer. Senescer atraí a experiência de envelhecer de forma positiva, sem autosabotagens, sem discriminação de si mesmo e então, mantendo o autorespeito. Elegantemente um ser envelhecido. Senescer, geronlescer, amadurecer acabam suavizando nossa compreensão de algo enraizado de forma muito profunda. Muitos até morrem antes mesmo de morrer. E se desejas morrer antes do tempo… eis seu advento da senilidade! Vida passada de liso, experiências parcas, sem graça. Uma vida desgraçada! Porém, uma enfermidade adquirida pode ser a cura de si mesmo. A cura da consideração errada que teve por ti. A oportunidade que tens de se refazer. Considerar-se diferente, um forte lutador! Vitorioso sobre seus próprios limites. Pode ser que a raiva acabe… pode ser que o perdão surja, humildade talvez. Tudo oportunidade da vida (como magnífica que é) de te trazer de volta a realidade: a sua forma exclusivamente perfeita! Não externamente mas, internamente. Te preparando para a mais gloriosa cena seguinte: a mais sublime experiência de liberdade! Tens o que tens mas o que tens não te pertence. E assim, tens tudo. Estamos no tempo certo. Tempo de palavras inteiras que resguardam o coração de rancores insignificantes. Mas também tempo de sentimentos danosos. Estamos no tempo de não importar quantos anos se tem, mas o que se tem dentro de tantos anos. Tempo de sentir a experiência de Vida. Será um convite à reflexão? Sim. Um convite. E urgente!

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